Mecanismos adaptativos durante a recuperação de genótipos de uva locais tolerantes e sensíveis submetidos ao estresse salino
Resumo
A utilização de recursos genéticos distintos é uma estratégia prospectiva auspiciosa para combater os impactos adversos da salinidade, que deverá piorar sob as condições das alterações climáticas, para manter a produção e a qualidade da uva. A pesquisa atual visa estudar os mecanismos adaptativos durante a recuperação de genótipos de uva locais tolerantes e sensíveis ao estresse salino com base em respostas bioquímicas, anatômicas e de expressão gênica. Transplantes de raiz própria de três uvas egípcias (Vitis vinifera); Baltim Eswid, Romy Ahmer e Romy Abiad, foram expostos ao estresse salino induzido por cloreto de sódio de 2,28 e 3,75 mS em comparação com o controle irrigado com água de 695 µS por dois meses, depois todas as plantas foram irrigadas com água da torneira por mais um mês para recuperação. A cultivar Baltim Eswid recuperada após o tratamento salino mais elevado proporcionou a percentagem máxima de sobrevivência (100 %), enquanto Romy Abiad registou a taxa mais baixa (40 %). Os mecanismos adaptativos sugeridos incluem: redução de danos causados pelo estresse oxidativo relacionado à salinidade, ajuste osmótico e realização de modificações estruturais que permitam proteção. Concluiu-se que Blatim Eswid é um genótipo de uva local tolerante ao sal superior, enquanto Romy Abiad é o mais sensível, pois é afetado principalmente pelo estresse oxidativo representado por um aumento significativo no teor de peróxido de hidrogênio.
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